Entrevista por Ursula Karina em 28/09/2016
Este fim de semana, o 36 Crazyfists se apresenta pela primeira vez no Brasil. O conjunto natural do Alasca bateu um papo rápido com o Zp, através de seu vocalista, Brock Lindow, antes de embarcar para essa gig única em São Paulo, na Clash Club.
Não é muito comum no Brasil recebermos bandas do Alasca. Que me recorde neste momento, recentemente, em 2014, o grupo Portugal. The Man veio se apresentar no Lollapalooza e agora em outubro vocês chegam por aqui. Ser de um local tão específico como o Alasca, difere em algo para vocês? Faz diferença em algum sentido, seja musicalmente ou em tours, ou até em rótulos?Eu acho que o isolamento é algo que cria pessoas únicas aqui, assim como a música. Eu gosto de pensar que fazemos algo um pouco diferente do resto da turma por causa de onde viemos e o como fomos criados quando moleques aqui no Alasca.
Vinte anos de estrada e como vocês mesmo se descrevem, são persistentes. O que leva a toda essa persistência? O que já fez com que pensassem em desistir? O que já conquistaram e o que ainda buscam como banda depois de tanto tempo?
Somos todos irmãos de um lugar onde que, o que fizemos com essa banda não é algo comum, então temos sempre muito orgulho nisso e acho que isso nos ajudou a ter um vinculo intocável. Meus objetivos continuam a ser sobre esta banda, mesmo estamos perto do nosso aniversário de 22 anos, continuo a ver o mundo e a espalhar nossa música para o maior número de pessoas que gostam de nossos sons.
Em 20 anos, o mundo da música mudou em muitos sentidos, desde vermos e perdemos grandes artistas, os estilos musicais que se criaram e se dissiparam, o meio de divulgação e distribuição da música... Vocês vivendo e acompanhando tudo isso, como foi se adaptar ou acompanhar cada mudança? Hoje em dia, num geral, é mais fácil ou mais difícil se manter em uma banda ativa?
É difícil por conta que o dinheiro não é mais gerado pelas vendas de discos, então isso torna muito mais difícil. Mas você trabalha e mantém a sua mente em um estado de criatividade e tenta seu melhor para encontrar muitas formas de continuar a fazer tudo isso continuar funcionando.
Vocês já excursionaram com o Killswitch Engage, que tem muitos fãs por aqui. Vocês já tiveram oportunidade de tocar com alguma banda do qual vocês sejam fãs? Alguma que ainda seja um desejo a ser realizado?
Nós excursionamos com muitas bandas que amamos, abrimos para o Metallica algumas vezes em festivais etc. É sempre incrivel tocar com bandas que são algumas de nossas favoritas.
Tão inédito para nós, o show em São Paulo também será algo inédito para vocês, afinal é a primeira vez de vocês no Brasil. O que podemos esperar dessa troca? O que vocês esperam do público, o que sabem dos seus fãs brasileiros ou da nossa música?
Acho que vai ser bem especial e estou ansioso por isso. Os fãs tem nos procurado um monte nestes anos e sempre nos pedindo para vir ao Brasil, então estou bem feliz que isso está finalmente acontecendo.
Quais são os próximos planos do 36 Crazyfists? Novo álbum, mais algumas tours?
Estamos quase acabando de compor nosso novo disco, e ele deverá sair na prõxima primavera, e então as excursões recomeçam.