Robson: Primeiramente eu queria agradecer a oportunidade de estar entrevistando vocês. Para começo de conversa como surgiu a banda? E o por quê do nome: Inkognita? Tem algum significado em especial para vocês?
Olá, sou o Tainam Dias e falarei em nome da banda. Nós que agradecemos a oportunidade de contar um pouco da nossa história :) A banda surgiu da idéia que tive em 2004 em Cachoeira do Sul (onde morei até os 19 anos) de montar uma Nirvana cover. Eu estava totalmente fascinado pela banda, ao mesmo tempo que comecei a compor meus primeiros riffs. Quando finalmente amadureci a idéia da banda e juntei um baterista e um baixista ao projeto, já tinha bastante músicas próprias, e ao invés de montarmos somente uma banda para tocar Nirvana, incluímos músicas nossas também. O nome "INKOGNITA" surgiu em 2004, eu estava começando a pensar em alguns nomes para a futura banda, e ao assistir um noticiário (um alagamento que tragicamente desalojou várias famílias), o repórter disse que o futuro das pessoas atingidas era uma verdadeira "incógnita". Eu estava com papel e caneta na mão, e escrevi a palavra. Soou legal, mas a escrita, não. Ao retirar o acento e trocar o "C" pelo "K", acabei gostando da grafia e guardei o nome. Alguns outros nomes surgiram depois, mas não gostei. Por fim, o nome da banda ficou "INKOGNITA".
Robson: Como esta a formação atualmente?
Contamos com 4 integrantes na formação atual (Tainam Dias - guitarra/vocal, Rafael Klement - guitarra/backing vocal, André Contri - baixo e Marcelo Pistoja - bateria). Até o fim da banda em 2012, a banda sempre foi um power trio e contava com outra formação. Quando a banda voltou após 2 anos, inserimos mais um guitarrista na formação e dois novos integrantes no baixo e bateria.
Robson: Fale um pouco dos EPs: "Inkognita" , "me ensine a não enlouquecer" e "causa e efeito" . Qual a mensagem que vocês visaram transmitir através desses EPs?
Bom, o EP "Inkognita" começou com um single. Nossa primeira gravação foi "A Fuga". Alguns meses mais tarde, com outro baixista, gravamos "Achados e Perdidos". Com isso, decidimos fazer o primeiro EP da banda. Gravamos "Vida Vazia", e com esses 3 sons, demos origem ao EP "Inkognita". Já o segundo EP (novamente com uma troca de baxista) já foi pensado como um EP mesmo hehehe. Decidimos aproveitar a empolgação do momento e da nova formação e registramos mais 3 músicas em estúdio ("Esta Não é Uma Música Comercial", "Me Ensine a Não Enlouquecer" e "Um Segundo"). O EP "Causa e Efeito" nasceu totalmente por acaso. Retornamos com a banda, tínhamos acabado de reunir a formacão atual e estávamos ainda ensaiando o material do nosso futuro disco quando o estúdio que ensaiamos (Legato) propôs uma parceria para gravarmos algo. Calculamos que daria para gravar 3 músicas, e gravamos "Isso Sou eu, Morto!!!", "Causa e Efeito" e "A Fuga". Gostamos bastante do resultado da gravação, e optamos por lançar as 3 canções na forma do 3º EP da INKOGNITA, o "Causa e Efeito". Quanto às mensagens dos EPs, eu acredito que eles em si não tem nenhuma mensagem. As músicas isoladas sim, todas elas. Temos uma forma de compor bastante inusitada, com acordes dissonantes e letras que sugerem (ou afirmam) várias interpretações. Todas as nossas letras, em algum momento, ela vai fazer sentido para você e qualquer um que parar e prestar atenção. Os sons precisam ser legais e diferentes, essa é a regra. Isso acaba refletindo no espírito dos 3 primeiros EPs, e do nosso primeiro disco.
Robson: Como foi para vocês ter como produtor Vini Tonello, um dos grandes nomes do rock gaúcho?
O nome do Vini surgiu da primeira vez meio que por acaso. Eu estava conversando sobre gravação e produção com um amigo meu de Cachoeira do Sul, e ele falou que seria legal trabalharmos com alguém experiente e que já tivesse trabalhado com bandas que remetessem ao som que fazemos. Lembramos da "Reação em Cadeia", que no instrumental tem bastante influência dos anos 90, e consequentemente, do Vini Tonello (que foi quem produziu os dois primeiros discos deles). Mais tarde, ao reunirmos a atual formação, descobrimos que o nosso baterista era amigo do Vini, inclusive, já tinha gravado um disco com ele com a sua antiga banda. Conversamos com o Vini pela Internet sobre o projeto e valores, e marcamos uma audição. Já no dia que nos conheceu, deu pra perceber que ele tinha gostado bastante do som, inclusive, já nos ajudando com algumas questões técnicas que hoje percebemos que fazem toda a diferença. Ele gostou da banda, a banda gostou dele, e assinamos o contrato. Hoje, ao ouvir o disco e conhecer bem mais do trabalho do Vini, não consigo imaginar aquele álbum sendo feito por mais ninguém. Sem falar que é uma grande honra trabalhar com um cara que tem 20 anos de carreira, e já gravou todos os grandes nomes do Rock Gaúcho (Tequila Baby, Júpiter Maçã, Reação em Cadeia, entre outros...). Se depender da INKOGNITA, o Vini continuará produzindo os nossos próximos trabalhos!
Robson: Bom, fale um pouco sobre o primeiro álbum de vocês intitulado "Homônimo" . Como foi o processo de gravação? e Qual foi a ideia que vocês visam transmitir através desse álbum?
Bom, o "Homônimo" é resultado de 10 anos de trabalho. Reunímos o nosso melhor material até o momento, amadurecemos ao máximo as canções e assim que sentimos que o disco já estava bem encaminhado, decidimos entrar em estúdio. O processo de gravação foi bem tranquilo, muito mais do que poderíamos imaginar. Gravamos todas as baterias em apenas uma noite no estúdio Tec Áudio, e todo o resto, no estúdio do Vini (Cafofo do Gringo). O clima era totalmente descontraído, ríamos e nos divertíamos o tempo todo. Uma vez que ninguém estava nervoso para gravar, e estávamos bem ensaiados, o processo foi muito agradável e natural. É um trabalho fascinante, dá vontade de gravar um disco novo todo mês hehehe. Quanto a idéia do disco, é a reunião do nosso melhor material e da nossa melhor fase em 10 anos de banda. Foi um presente de nós para nós mesmos, e para quem nos segue. O nome do disco surgiu da idéia de colocarmos o nome da banda no disco, mas "sendo e não sendo" INKOGNITA. Como um disco homônimo da INKOGNITA seria o nome da banda, acabamos usando a palavra "HOMÔNIMO". A idéia da capa foi de um amigo meu de Cachoeira do Sul, que me contou uma história de que um escorpião, ao ser inserido em um círculo de fogo, comete suicídio (mais tarde, e infelizmente, descobri que a história não é bem assim hehehe). Acabei gostando da idéia, e com a ajuda de um amigo designer de Cruz Alta, acabamos dando vida à idéia da arte.
Robson: Podemos esperar algo novo para o próximo ano?
Quanto à novidades, podem esperar sim. Não só para o ano que vem, mas já para este. Em primeira mão, anuncio que tocaremos no Uruguai em dezembro, e estamos encaminhando mais dois clipes para o fim deste ano e início do outro (já temos um clipe, da música "Isso Sou eu, Morto!!!"). Também estamos com um projeto acústico para o ano que vem, que será apresentado a céu aberto e em vários locais diferentes, e também começaremos a tocar algumas músicas novas, que provavelmente entrarão no nosso segundo disco (ainda sem data de lançamento, mas já em estado "embrionário").
Robson: Para quem quiser ficar informado e acompanhar a trajetória de vocês quais são as mídias que eles poderão acessar para ficar por dentro das novidades banda?
A melhor mídia para nos contatar é através do nosso Site Oficial (www.inkognita.com.br), pois nele tem todos os links para as nossas outras redes (Facebook, Twitter, SoundCloud...), além de reunir tudo sobre a banda e a agenda atualizada.
Robson: Mas uma vez muito obrigado por nos conceder essa entrevista, espero receber vocês novamente. Gostaria de deixar uma mensagem aos nossos seguidores?
Mais uma vez, nós é que agradecemos o espaço concedido por vocês, e se pudermos deixar uma mensagem, acho que seria: DÊ UMA CHANCE PARA A INKOGNITA!!! Se você curte Rock, ouça o disco inteiro. Estamos fazendo um trabalho muito sério, gravamos um grande disco com um dos principais produtores do estado, e estamos sempre com novidades. Quem nos acompanhar, sempre terá material novo. E o nosso som, em sua síntese, é ROCK AND ROLL!!! Nossa principal influência é Nirvana e os anos 90, mas se você ouvir o disco inteiro, tem desde Pop Rock até Heavy Metal. Somos uma mistura de tudo que achamos bom e verdadeiro. Vá aos nossos shows, compre nossas camisetas e discos (que, aliás, está à venda nos shows pelo preço simbólico de R$ 5,00), e quando "chegarmos lá", com certeza, vamos lembrar de cada um que nos apoiou nesta fase tão crucial para o futuro da banda. CONTAMOS COM VOCÊS \m/
terça-feira, 27 de setembro de 2016
Inkognita: Fala Um Pouco Sobre a Trajetória da Banda
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