terça-feira, 4 de outubro de 2016

"Ainda é Cedo", do Legião Urbana era plágio, segundo Regis Tadeu

Incrível: o crítico Regis Tadeu descobriu que a célebre canção "Ainda é Cedo", do Legião Urbana, uma das principais bandas do Rock Brasil 80, é um plágio. Segundo ele, para comprovar que grande parte do rock nacional que surgiu a partir dos anos 80 – tão celebrado por fãs que até hoje desconhecem as gerações anteriores – era calcado no plágio, declarado ou disfarçado, de canções de bandas até então desconhecidas do grande público (afinal de contas, não havia internet para se fazer comparações instantâneas como temos hoje), a Legião não hesitou em "dar uma modificada" numa versão do obscuro grupo escocês The Cartoons para “Love is the Drug”, do Roxy Music, e criar a sua “Ainda é Cedo”. Dê uma comparada:
Como aqui no Brasil o conhecimento do que rolava lá fora era bem restrito, o Camisa de Vênus também não teve o menor pudor de ‘homenagear’ a banda irlandesa The Undertones ao pegar a ideia, alguns versos e a harmonia de “Perfect Cousin”, dar uma acelerada no andamento e… Pronto! Surgiu “Meu Primo Zé”:
E não era só no som. Renato Russo também ‘pegou emprestado’ dois versos de “Say Hello, Wave Goodbye”, do duo Soft Cell – “Take your hands off me / I don’t belong to you" – para dar início à letra de "Será" - "Tire suas mãos de mim / Eu não pertenço a você".
Os Titãs fizeram o mesmo ao pegar um trecho inteiro da letra de “Damaged Goods”, do Gang of Four – “Your kiss so sweet/ Your sweat so sour/ Sometimes I think I love you/ But I know it’s only lust” -, traduzir e colocar em “Corações e Mentes”: “Seu beijo é tão doce / Seu suor é tão salgado / Às vezes acho que te amo / Às vezes acho que é só sexo”.
Mas o mais descarado de todos foi o canastrão do Supla, que copiou integralmente a canção “White Power”, do grupo inglês Screwdriver, para fazer o seu “Charada Brasileiro”. Saca só:
Bem, coloquei aqui alguns sons que tenho certeza que você não conhecia. Agora, sugiro que você a sua pesquisa e ouça os trabalhos destas bandas. É diversão na certa! Nem escrevi este texto como uma crítica aos nossos artistas brazucas, já que esta “apropriação indevida” rola em todo o planeta e, em vários momentos, chega a ser até divertida. Cabe a nós apenas ficarmos atentos… 

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