Os músicos do Titãs (Foto: Silmara Ciuffa)
Lá se vão 15 anos desde que os Titãs dividiram palco com Cidade Negra, Ira! e CPM 22 diante de 18 mil pessoas na primeira edição do João Rock, festival que acontece neste sábado (18) em Ribeirão Preto (SP).
Engajado na turnê do disco "Nheengatu" e com formação mais enxuta, o grupo paulistano volta ao evento no palco comemorativo "2002 - Quando Tudo Começou", paralelo ao principal.
Entre uma e outra edição, muita coisa mudou na cena rock, cada vez mais distante dos meios tradicionais de divulgação, afirma o guitarrista Tony Belotto ao Gshow.

Atualidade
"Acho que o rock enfrenta hoje mais resistência do que naquela época para tocar na grande mídia. E é importante que festivais como o João Rock continuem provando a importância do rock, ainda mais em tempos de crise, como o que vivemos", diz o músico.
Segue inalterada e atravessa gerações, por outro lado, a atualidade crítica das canções que fazem a história do grupo, como "Desordem", "Polícia", "Homem Primata" e "Bichos Escrotos", avalia Belotto.
O grupo de rock Titãs (Foto: Silmara Ciuffa)
Estas, segundo ele, continuam relevantes por tratarem de temas ainda cotidianos. "Isso confirma e premia nosso esforço, dando o sangue para criar músicas originais e interessantes."
Para a banda, hoje formada por Belotto (guitarra), Branco Mello (voz e baixo), Paulo Miklos (voz e guitarra) e Sergio Britto (voz, teclado e baixo), retornar ao festival mescla lembranças, do chope que consagra o município paulista à vibração dos fãs naquele 18 de junho de 2002.
Também representa um momento único de rever velhos e novos companheiros de estrada no backstage. "Tudo sempre muito divertido e grandioso."
O show deste sábado em Ribeirão, segundo Belotto, celebra o melhor da nova fase sem abrir mão dos clássicos. "A satisfação continua por ver que o festival vingou e continua crescendo", diz o guitarrista.